terça-feira, 22 de novembro de 2016

Gentileza

Nós somos feitos de quê?
Somos feitos para quê?

            Nesta semana conheci um rapaz que veio do paraíso da terra, que não se assemelha a qualquer pessoa que eu tenha avistado ou conhecido na vida, é quase como aquela coisa maior da qual nada se pode pensar. De um caminho 'diferente' ele vem e um caminho diferente ele traça. Tão puro de gentileza, tão puro de vida e de ânsia pela própria vida. Feliz por dividir um dia no paraíso próximo e quase particular da vida.

             Ele recitou Drummond, recitou Vinícius. Falou sobre vários aspectos da vida. Falou sobre sua caminha pelo país lindo que é o Brasil e de sua estada nesse paraíso nosso, falou da vida leve, da vida breve, da pessoa que planta, que colhe, que traz, para que possamos nos alimentar. É isso... Da nossa caipirinha de sábado, sabe-se que há alguém que planta e colhe aquele limão, há alguém que transporta para mais próximo da gente; da cachaça, o mesmo; e depois, alguém que nos prepara aquele drink. Quanta gente enxerga ou está distanciada do processo produtivo, distanciada da própria realidade? Quanta gente é invisibilizada?
      
          A gente falou da vida. Estudo, faculdade, tempo. De toda forma, é isso: aqui nós estamos, daqui nós somos e nós temos o aqui e agora. É tão mais fácil, tão mais leve viver como ele. Cada dia sendo aquele um dia e sendo o melhor que pode ser. O dia amanheceu, assim como ele amanheceu em mim. E ele foi gentil, sempre gentil. Gentil com todos. Vários 'como você se chama?', vários apertos de mão e vários amanheceres em diferentes pessoas, por esse gesto sutil. Colheu e tem colhido as flores da vida, de diferentes cores e formatos. Ficam dele essas imagens encantadoras e, principalmente, a escolha de gentileza,  o fazer amanhecer nos outros, o viver o hoje, o saber que há tempo, e devem haver (mas não há) prioridades

Buen día!
Gratidão!

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

O Conhecimento e a Linha 33

O conhecimento é como a linha 33.

        Peguei a 33, pela primeira vez, depois de saber dos outros se parava perto de casa, depois de olhar lá na rua que, sim, de fato, parava perto de casa. Trançando uma reta do ponto de partida para o ponto final, seria a mesma para o percurso que eu fazia diariamente e que eu fiz pela primeira vez na 33. E, ainda que partissem do mesmo lugar e findassem no mesmo local, eu - cheia de vontade de viver, cheia de vontade de andar pelo mundo - me peguei admirada com minha vida ao avesso que aquela janela me mostrava. Admirada com a vida que a própria vida como ela é me mostrava, sob o ângulo daqueles que primeiramente notei ao chegar ali, ao novo lar. Naquele dia, o céu do meu novo olhar era claro, cheio de luz, cheio de conforto do sol que a Cidade do Sol tem quase sempre. Passei por lugares novos, passei por lugares reconhecíveis e outros, há muito tempo vistos, revisitei. Cheguei ao amado lar.

          Depois desse breve conhecimento, me vi pegando o 33 à noite, e que a vigilância parental nem chegasse perto de saber de tal acontecimento. Demorou como nenhum outro pra chegar, e tratei logo de conversar com alguém na parada, para me sentir mais segura. Chegou, finalmente, o 33. E, novamente, o mesmo início, o mesmo meio, o mesmo fim, abraçados pela noite que tanto amo, também; agora, banhado por um chuvisco na Cidade do Sol. O coração acelerado, a admiração de antes, sempre alerta, sempre com a importância daquele novo pequeno acontecimento na vida, de ganhar o mundo, de ir com meus próprios pés, de ver por mim mesma, de querer lutar. Admirada, de novo, com a vida que a própria vida como ela é me mostrava, sob o ângulo de olhos diferentes dos meus, visto com meus próprios olhos. E, debaixo da chuva fina daquele dia, na noite escura, iluminada pelo farol, cheia da luz do farol da minha vida, cheguei ao amado lar.

          Passou um tempo. Sempre vendo o 33 ali, o 56, o 21, e mais outras várias linhas, com aquela pergunta na cabeça: eu conheço de A a F. O que mais existe entre eles dois, aonde mais ela vai? Pois que, finalmente, por obra do próprio universo, vi-me podendo optar entre conhecer aonde mais ela ia ou ver o mais do mesmo. Apesar de terem me aconselhado a ver o mais do mesmo, eu queria há tempos, eu queria naquele momento, saber aonde mais ela iria. E fui. Descobri que posso ir a tantos lugares pegando a 33, descobri que ela para naqueles que fazem parte do meu imaginário, descobri ela passa por muitos outros lugares aos quais vou diariamente, e passa por lugares parecidos com outros que já vi em outros cantos. Ela me mostra muito da Cidade do Sol. Muito que eu nem imaginei que veria daquela janela, que já conhecia e que desconhecia, também. Descobri, em mim. Conheci Desvelei. Aletheia. Naquele momento, existia muito em mim, muito do que eu queria, muito do que eu tenho vivido neste ano, muito do que tem vindo de conhecimento para mim neste ano.

          O conhecimento é como a 33. Permite-nos sentir, ver e rever - e ver a nós mesmos. Possibilita-nos revisitar por outros caminhos, ou pelos mesmos caminhos, e ainda mergulhar fundo neles ou entre eles. É liberdade. Oportuniza desvelar. Concede-nos a possibilidade e a certeza de encontrar verdades, ver que existem várias verdades no mundo e que é possível conciliá-las. O conhecimento é como a trinta e três, é a trinta e três. Permite-nos enxergar com vários olhos, em nós mesmos. É instrumento, é meio e é fim. E também é como tantas outras linhas, as quais podem nos levar aonde for, a lugares inesperados, imaginados ou necessários, com quem quer que seja, e que esperam ser descobertas, que querem de nós curiosidade, que querem de nós vontade, permissão e doação. Aonde mais ele vai? Aonde mais ela vai? Eu digo que sempre além, e não teria como ser diferente.

LJA

terça-feira, 28 de junho de 2016

Coletor Menstrual

Bueno...

Esse texto vem mais a título de informação e de partilha desse maravilhoso!

Desde o começo do ano, tenho usado o coletor menstrual da InCiclo, e ele tem feito meus ciclos mais fáceis, mais confortáveis, melhores. Segui as recomendações do site, pela idade e se já tinha ou não tido filhos e comprei com uma pessoa em Natal - o coletor do tamanho B, que veio com esse saquinho da imagem e, também, comprei a panelinha, para escaldar antes e depois dos ciclos. 


Se eu soubesse, usaria há muito mais tempo... Eu achei muito mais confortável que ficar com os absorventes direto, morrendo de preocupação se tinha vazado. Quando estou nos primeiros dias e vou dormir ou sair - que sei que vou demorar mais tempo fora -, geralmente, coloco um absorvente ou um protetor diário, dependendo do fluxo, mas, no mais, é estar menstruada e nem sentir. Aliás, já tinha lido antes e confirmei com o uso, sangramos muito menos do que aparenta usando absorvente. Além da InCiclo, também olhei na Fleurity (me deu trabalho na hora da compra) e na HolyCup! (tem diversos tamanhos, cores e tipos), mas como a InCiclo tem um tipo e dois tamanhos, apenas, optei por comprar nela, pra ver se me adaptaria.



Com relação ao conforto, não tem nem comparação com os absorventes, sejam interno ou externo, pois, realmente, mal noto, mal sinto cheiro... Acho que o mais difícil é lavar, como passo muito em casa, não noto muito, mas os dias em que precisei lavar fora de casa, foi complicado... Algumas pessoas andam com um lencinho ou com uma garrafinha de água. Já, em se tratando do custo, pra mim, é bem mais em conta, pois gastava cerca de R$15,00, por mês, com absorvente, o coletor + panelinha saíram R$130,00, mas se for contar só o coletor que custa R$79,00 na lojinha online, o uso por 5 meses já sai na mesma, e ele dura de 5 a 10 anos... Imagina só... Nesse tempo, seria gasto de R$900,00 a R$1.300,00, quando, na realidade, gastarei de 3x a 9x menos usando o coletor. Apesar de ter visto que tem gente que não se dá com o coletor, pra mim, ele é muito prático, confortável, o custo-benefício é ótimo.
Minha experiência com ele tem sido maravilhosa!



Resumindo, indicadíssimo!